Como Enfrentar o Mundo
Muitos ao voltarem do Encontro, sentem um desejo intenso de seguir ao
Senhor e serem radicais em todas as áreas de suas vidas. Não querem nada
do mundo. No entanto, como não sabem administrar algumas situações
deixam-se levar pelas circunstâncias.
Os jovens voltam muito motivados, abandonam as drogas, os amigos e tudo
o que os escravizava; mas cedem a tentação quando são sabem como reagir
frente a uma situação embaraçosa.
Um jovem havia recentemente voltado de um encontro e ao ingressar na
universidade decidiu ser simpático com seus companheiros e não passar
por “fanático”. Em certa ocasião, foi com eles a um bar com a única
intenção de beber um refrigerante. Terminou bebendo cerveja, consumindo
droga e novamente escravizado por satanás.
Passado algum tempo, deixou a universidade e seu lar. Passou a viver de
uma forma miserável, vendeu suas roupas em troca de droga, envolveu-se
em discussões e brigas que deixaram seu braço apunhalado e sua vida
marcada pela infelicidade.
O que é o mundo?
O mundo representa tudo aquilo que desagrada a Deus, opõe-se aos Seus
ensinos e está sob o domínio de satanás (1João 5:19). As filosofias, os
conceitos e as doutrinas, que distorcem ou denigrem a Cristo e Seu
sacrifício na cruz do calvário, oferecendo outra forma de salvação,
diferente da estabelecida por Deus em Sua palavra, são manifestações do
mundo
O apóstolo João apresenta três aspectos que manifestam o amor ao mundo:
os desejos da carne, os desejos dos olhos e a soberba da vida (1 João
2:15-17).
Os desejos da carne
São aqueles que existem por causa da nossa natureza, e nos impulsionam a
fazer o mal, incitando-nos desde criança a seguir os comandos da carne.
Pode-se descrever como a satisfação, paixão ou gozo que se sente pelas
coisas erradas e com as quais damos lugar ao pecado em nossas vidas
(Gálatas 5:17-21).
Isto mostra o conflito que vive todo o cristão: a carne quer uma coisa e
o Espírito quer outra. Daí a importância de alimentar nosso homem
espiritual.
Gálatas 5:19-21 nos dá uma ampla lista dos pecados da carne. Esta
inclui os pecados sexuais, os relacionamentos com religiões pagãs, como a
feitiçaria e idolatria, e os relacionados com o temperamento ou
caráter.
Os frutos do Espírito são totalmente opostos à carne. Em relação a
Deus, e o amor, o gozo e a paz; em relação aos demais a paciência, a
benignidade e a bondade; conosco mesmo, a fé, a mansidão e a temperança.
Nosso propósito, então, deve ser que nosso espírito vença a luta contra
a carne. O doutor Billy Graham ilustra a seguinte maneira:
“Um pescador descia ao povoado todos os sábados à tarde. Sempre trazia
com ele seus dois cães. Um era branco e o outro negro. Ele os havia
ensinado a pelejar quando lhes ordenasse faze-lo. Todos os sábados à
tarde, na praça do povoado, juntavam-se pessoas para ver os cães
pelejarem, e os pescadores faziam suas apostas. Um sábado ganhava o cão
preto, em outro o cão branco, mas o pescador esquimó ganhava sempre!
Seus amigos lhe perguntaram como sabia qual deles venceria. Disse-lhes:
deixo um jejuar e alimento outro. Aquele que alimento sempre ganha
porque se sente mais forte”
Isto nos ensina que se quisermos vencer os desejos da carne, devemos
prestar especial atenção ao nosso espírito, alimentando-o e cuidando de
tal forma que diante da atenção o espírito, alimentando-o e cuidando de
tal forma que diante da atenção o espírito prevaleça.
Os olhos podem ser fonte de vida, pureza e inspiração, ou instrumento
de maldade, perversão ou desejo mau. O doutor W. E. Vine os descreve
como: “ A principal avenida da tentação”. Os desejos dos olhos podem ser
descritos como um gozo mórbido, mal intencionado e egoísta que inclui
não somente a vista, mas também a mente e a imaginação. A bíblia nos
ensina em 2 Pedro 2:14.
A palavra “olha”, refere-se aos desejos da olhada, a uma olhada
carregada de lascívia, a qual desperta em nossa mente imagens e desejos
impuros. Alguém disse: “A primeira olhada na é pecaminosa, a segunda
sim.” Esta segunda olhada busca satisfazer o que na mente, seus próprios
desejos. O comentário de Beacon diz que esta classe de luxúria é a
“tendência de ser cativado pela aparência exterior das coisas, sem
inquirir sobre seus valores reais”.
Os desejos dos olhos incluem não somente a vista, mas também a mente e a
imaginação, e buscam ser satisfeitos por meio da pornografia,
literatura ou filmes que não edificam, criando um vício que somente pode
ser saciado cedendo aos prazeres da carne.
Geralmente os desejos são alimentados por pensamentos que induzem a ver
o pecado com agrado, prazer ou cobiça, levantando argumentos para
justifica-lo, fazendo-o parecer insignificante e declarando que como não
foi levado a cabo, não é pecado. Além disso impede de ver as
conseqüências que seu comportamento pode trazer para sua vida e para a
de quem ama.
Um exemplo comum é quando a mente volta a satisfazer-se com práticas
passadas de pecados sexuais, embriaguez, jogos de azar ou festas. O
inimigo lhe mostra o bem que aconteceu, o prazer que seria voltar a
experimenta-lo. Acompanha este pensamento com afirmações como: “não há
nada demais”, “todo o mundo faz”, “não posso tornar-me fanático”.
A mente na se concentra nas conseqüências que mais cedo ou mais tarde
chegarão, e sim no przer e no desejo que se quer sentir outra vez.
Como podemos ver, a influência dos desejos de nossos olhos é grave,
manipula nossa mente e nos leva a esquecer o que Cristo fez por nós. Por
isto é bom seguir o conselho do apóstolo Paulo , que nos exorta a andar
no Espírito e não nos satisfazermos com os desejos da carne.
A soberba da vida
Refere-se a acreditar que o sentido da vida encontra-se na aparência e
no preço das coisas e não no valor que Deus lhe tenha dado. A soberba
faz alusão a deixar levar-se pela superficialidade, incha o ego e nos
faz crer que somos mais valiosos pela posição, pelo dinheiro e pelos
amigos.
Estas “vaidades” convertem-se em fortalezas em quem lhe dá lugar e
fazem crer que são elas que lhe dão posição entre as pessoas que
rodeiam. Por esta razão algumas pensam por cima de outros, violando
princípios bíblicos e a vontade de Deus. Atrás dessa aparência escondem
sua insegurança.
Um exemplo disso é quando gasto mais do que ganho e vivo com dívidas
que me roubam a paz. Não abandono este hábito, mas quero aparentar que
sou rico, comprando roupa de grife, celular ou freqüentando locais “IN”,
pensando que com isso obtenho o respeito das pessoas.
Deus quer que sejamos prósperos. Quando O amamos, Ele nos leva a uma
boa posição. Nosso valor é dado por Deus e não por benefícios. Se O
buscarmos em primeiro lugar, tudo o mais nos será acrescentado.
Ganharemos o respeito e a autoridade dados pelo Senhor e não pelo
dinheiro.
Como sou afetado pelo mundo
Não é mistério para alguém, como vive a juventude. Aquilo que o mundo
oferece é “carnaval”, vício, paixões desordenadas e em geral uma vida vã
e vazia.
Os meios de comunicação, rádio, imprensa e televisão, assim como a
sociedade vem empurrando-nos para este tipo de vida, e fazendo-nos crer
que para nos divertirmos, temos que nossa associar com estas atividades,
porque do contrário seremos os mais aborrecidos e amargurados. Estas
palavras “aborrecidos e amargurados” são as mais usadas por não cristãos
para pressionar os crentes a fazerem o que eles querem ou dizem.
O mundo pode me afetar quando cedo a seus caprichos, compartilho com
suas piadas de sentido dúbio e participo de seus comentários mórbidos ou
seus convites para participar de bebidas e festas. Afeta-me quando
estas atividades deixam de ser uma escravidão, quando termino envolvido
em situações nas quais quero sair mas já não posso. Alguns exemplos: um
péssimo relacionamento sentimental somente deixa frustração e
desengano; uma enfermidade, como a cirrose, produzida pelo excesso de
álcool ou uma doença venérea, resultado de uma vida dissoluta e
desordenada.
Estas situações demonstram como a vida do mundo é uma ilusão que nos
faz crer que isso sim é que é vida, mas não deixa ver o engano e as
seqüelas em quem segue tais práticas. Jesus não quer nos isolar do
mundo. Ele quer que brilhemos e sejamos luz no lugar onde estamos. Ele
disse: (Jô 17:15).
Como enfrento o mundo agora que sou cristão
a. Não participe do que o mundo oferece (Efésios 5:11)
Deve aprender, desde o principio, a ser radical com o
pecado e mostrar o que agora é sem disfarce algum. Por exemplo, se lhe
oferecerem um gole de bebida, não minta dizendo: “Não, obrigado, estou
tomando medicamentos e me faz mal”. A verdade não é esta. Não está
tomando remédio algum e não quer enfrentar a situação.
b. Seja radical em sua posição como crente (Jó 22:28)
Decida de antemão a que coisas não vai ceder. Por exemplo:
abster-se de programas com não cristãos, festas ou reuniões sociais onde
correm fartos a bebida e outros vícios. Determinar-se de antemão a
evitar a luta do momento e fechar a porta para as quedas.
O fundamental é decidir: aconteça o que acontecer, não
deixará o caminho escolhido. Isto é determinação. Quando fizer sua
parte, Deus fará a Sua, trará Sua luz para indicar o que deve dizer ou
fazer.
c. Evite passar muito tempo com incrédulos
Estes o desafiarão constantemente a fazer o que é mau e o incitarão a voltar atrás.
d. Busque amizades que compartilhem com seus propósitos e metas
Conviva com aquele as pessoas que o desfiem a tornar seu relacionamentos com Deus mais forte.
e. Firme seu relacionamento com Deus
Conviva diariamente com Ele através da oração e mantenha
uma forma de vida que não o afaste do seu lado. Para isto, ajuda-lo-á
fazer a seguinte pergunta, quando enfrentar situações que lhe tragam
dúvida ou incerteza: Que faria Jesus se estivesse em meu lugar?